Maconha: estudo mostra prejuízo cognitivo em usuários da droga em longo ou pequeno prazo
A maconha é a droga ilícita mais utilizada ao redor do mundo todo e atualmente existe muitos debates em torno de seu uso e legalização. Muitas vezes, a iniciação ao uso dessa droga começa na adolescência, período importante para o desenvolvimento neural e psicossocial das pessoas.
Devido a isso, existem muitos estudos e pesquisas sobre as consequências adversas do uso da Cannabis e evidências de que seu uso prejudica funções cognitivas têm se acumulado nas décadas recentes. Pesquisadores australianos analisaram publicações recentes sobre o uso da maconha e reuniram suas conclusões em um estudo publicado que pode ser acessado em sua totalidade aqui: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v32s1/a06v32s1.pdf
As conclusões tiradas por eles foi de que a Cannabis prejudica a memória, a atenção, o controle inibitório, as funções executivas e a tomada de decisões, tanto durante como após o período de uso inicial, persistindo por horas, dias, semanas ou mais após o último uso. No uso imediato, a maconha induz distorções perceptuais e prejudica a memória e a concentração.
O uso compulsivo ou de longo prazo da maconha parece resultar em anormalidades cognitivas mais duradouras e possivelmente em alterações cerebrais estruturais. Efeitos cognitivos adversos maiores estão associados ao uso da droga precocemente, quando começa no início da adolescência.
Efeitos de longo prazo na cognição humana foram estudados em usuários de longo prazo e compulsivos de cannabis e foram detectados efeitos residuais ou persistentes da droga na função cognitiva, como confusão mental. Em tarefas de desempenho contínuo, a atenção foi amplamente prejudicada.
A memória também foi comprovadamente prejudicada em usuários de longo prazo de maconha. A memória operacional, verbal e outros processos que envolvem a memória foram prejudicadas de forma consistente.